São Gonçalo tem transporte público caótico

Sem metrô, barca nem van municipal regularizada, o transporte público da cidade São Gonçalo tira a paciência dos usuários.

A cidade tem mais de um milhão de habitantes e só 709 ônibus municipais, único meio público de locomoção.

A pouca oferta faz passageiros reclamarem da espera de até duas horas nos pontos e superlotação.

Segundo usuários, o problema foi agravado depois que as vans foram proibidas de circular na cidade — só as intermunicipais podem.

Dos 500 veículos que faziam o serviço, apenas 17 continuam rodando por causa de liminares da Justiça. Passageiros contam que muitos carros de passeio aproveitam o vácuo deixado por topiqueiros para fazer lotada.

“A gente não tem opção. Usava as vans para não esperar demais. Agora, recorro às vezes aos carros clandestinos. Eles cobram o mesmo preço e oferecem mais conforto”, conta a dona de casa Ana Maria Vieira, 32 anos.





Já o aposentado Péricles Camargo, 71, conta que a espera em seu bairro chega a 40 minutos. “Moro no Colubandê e muitas vezes ando quilômetros para chegar a um ponto mais movimentado. Falta ônibus. A situação está caótica”, reclama.

A demora fica ainda maior para quem utiliza a gratuidade. O cartão não é aceito em ônibus de uma só porta e, nos microônibus, há limite de três passageiros com o benefício. Como o número de veículos com duas portas é escasso, a espera vira uma eternidade.

“Espero no ponto pelo menos uma hora até passar um ônibus com vaga. Muitas vezes é mais rápido ir a pé, apesar do meu problema na perna”, canta a funcionária pública Lúcia Silva, 53 anos, moradora de Alcântara. Ela recebeu o benefício depois de sofrer ferimentos em um acidente de ônibus.

A Procuradoria-Geral de São Gonçalo informou que um processo licitatório está aberto para concessão de novas linhas de ônibus que atenderão os 92 bairros.

Fonte: odia.ig.com.br





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